RESUMO:CODO,Wanderley. A.SENNE,Wilson.INTRODUÇÃO:O QUE É CORPO(LATRIA).São Paulo,Brasiliense,1986

O narcisismo e o individualismo são considerados características mais acentuadas da corpolatria, extinguindo assim, o caráter patológico.
Várias situações têm mudado de conceituação com o enaltecer do corpo escultural, como por exemplo, a questão do fumo que outrora era usado nas conquistas de mulheres bonitas, hoje a troca do fumo por um corpo escultural, fez com que o fumante eliminasse o uso do fumo a fim dele usar seu corpo como imã na conquista da presa.
Na arte, a dança foi mais relevante pois o ritmo radicaliza a auto-exibição sensual. Observemos as decorações das danceterias cujas decorações exploram os espelhos espalhados com o objetivo de refletir a imagem do corpo dos dançarinos a fim de verificar se há um casamento perfeito entre corpo x ritmo.
A bioenergética, psicodança, sauna, massagens, são alguns dos itens que compõem a lista das alternativas que o homem busca na obtenção de uma vida mais saudável.
Essa busca incessante pela perfeição corporal leva à explosão sexual cujo objetivo maior é o prazer individual. O outro vai estar sempre de passagem.
Alem do narcisismo e individualismo, há um outro pressuposto que representa a corpolatria: o animal que existe dentro do homem.
Segundo a bioenergetica, que é uma técnica terapêutica, leva o individuo a reencontra-se com seu corpo e tirar o maior proveito da vida que existe nele.
Com isso irá cair na situação de colocar o corpo sempre a antagonizar, contraposto à economia, à economia, à política e a civilização.
O estudante, principalmente o universitário é um forte cliente a corpolatria, pois observamos o crescimento de alguns cursos como de ioga, ta-i-chin e outros dentro das universidades. A perspectiva é o conhecimento de si, explorar os próprios limites e encontrar um equilíbrio consigo.
Por ser a universidade o templo da palavra, a corpolatria aparece revestida por uma roupagem sofisticada, mas a essência continua a mesma, principalmente em se tratando da questão da sexualidade.
Por conta, o homem é tanto mais humano quanto mais se aproximar do outro, ou seja, o caminho para o encontro de si não está em si mesmo.